sexta-feira, 13 de abril de 2007

ICAR e o Ecumenismo...

É triste constatar certa ignorância por parte dos católicos no que diz respeito a teologia ecumênica. Alguns chegam a pensar que não existe uma unidade na Igreja católica quanto à concepção de ecumenismo. Isso não é verdade!

No concílio Vaticano II, 1964, foi escrito um decreto intitulado “UNITATIS REDINTEGRATIO”, cujo objetivo é orientar os cristãos na causa ecumênica. A falta de unidade na luta pela unidade se dá, muitas vezes, pelo desconhecimento das orientações vinda da Igreja de Roma.

Se olharmos nos parágrafos 817 a 822 do Catecismo da Igreja Católica perceberemos uma posição bastante consolidada com relação às feridas da unidade e o papel do cristão no aperfeiçoamento dessa a partir da Graça de Deus.

Vejo que algumas denominações cristãs evangélicas têm dificuldade de compreender o termo ecumenismo, por não tê-lo como um tema comum das suas doutrinas, mas quero frisar que um católico comprometido deve estar ciente das orientações para uma ação em prol da unidade cristã. A Igreja católica tem uma explanação teológica ecumênica bastante desenvolvida.

Segue alguns trechos do catecismo da ICAR... (Par. 821, 822)

Para responder adequadamente ao apelo pela unidade, feito por Jesus, exigem-se:

- Uma renovação permanente da Igreja em uma fidelidade maior à sua vocação. Esta renovação é a mola do movimento rumo à unidade;
- A conversão do coração, com vistas a viver mais puramente segundo o Evangelho, pois é a infidelidade dos membros ao dom de Cristo que causa as divisões;
- A oração em comum, pois a conversão do coração e a santidade de vida, juntamente com as preces particulares e públicas pela unidade dos cristãos, devem ser consideradas a alma de todo o movimento ecumênico e, com razão, podem ser chamadas de ecumenismo espiritual.
- O conhecimento fraterno e recíproco;
- A formação ecumênica dos fiéis e especialmente dos presbíteros;
- O diálogo entre os teólogos e os encontros entre os cristãos de diferentes Igrejas e comunidades;
- A colaboração entre cristãos nos diversos campos do serviço aos homens.

A preocupação de realizar a união diz respeito à Igreja inteira, fiéis e pastores. Mas é preciso também ter consciência de que este projeto sagrado, a reconciliação de todos os cristãos na unidade de uma só e única Igreja de Cristo, ultrapassa as forças e as capacidades humanas. Por isso depositamos toda a nossa esperança na oração de Cristo pela Igreja, no amor do Pai por nós e no poder do Espírito Santo.

Apesar desse conhecimento adquirido a cerca da busca pela unidade, penso que nós, cristãos jovens, temos um papel importantíssimo no desenrolar dessa história. Podemos acrescentar muito na teologia ecumênica com a tentativa autêntica de viver a unidade...
Que o Senhor nos abençoe e nos conduza nessa missão!
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*ICAR - Igreja Católica Apostólica Romana

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Renato, concordo com as suas palavras, creio que não somos orientados por nossas lideranças quanto a este assunto! Talvez por que as nossas concepções prevaleçam sobre a vontade da unidade do Corpo de Cristo. Isso acontece em todas as igrejas e denominações.