quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Lembranças que marcam

Ano passado fui a um congresso da ABU (aliança bíblica universitária) e fiquei surprendido com algumas conversas que tive. O legal foi perceber que isso me remeteu a um passado próximo que, por sua vez, me trouxe esperança em relação à unidade cristã que pode ser fortalecida através de nossas relações.

Um amigo da ABU de Juiz de Fora me falara de uma garota que tinha se convertido a Cristo através da ABU. Ela estava lá no congresso. O mais curioso: era católica e participava da ABU. Parece dissonante? Até pensei em escrever "era católica, mas participava da ABU". Esquecemos que a dissonância produz bons sons!

A partir dessa observação, passei a lembrar de irmãos católicos que de alguma forma colaboraram com algum trabalho protestante, sem perderem sua identidade e fé católica. Recordei-me de um irmão que conheci na ABU Viçosa, que era católico e participou conosco em cerca de 2 anos. Lembrei de uma estudante católica da UFV, que num acampamento dos jovens da presbiteriana de Viçosa, falou que era católica e que se sentia muito bem no nosso meio. Quando ela falou aquilo, as pessoas começaram a aplaudí-la com euforia. Percebi sinceridade.

E ontem, conversando com um amigo presbiteriano que foi num projeto missionário no nordeste, fiquei alegre em saber que o pároco da cidade ajudou no projeto, cedendo o salão paroquial e, surpreendentemente, chegou ao ponto de oferecer um almoço para os estudantes missionários do Projeto Água Viva.

O caminho da unidade é assim, simples. Caminhamos a passos curtos, porém, firmes. Na beleza da diferença encontramos o conforto que muitas vezes não encontramos nos iguais. E assim, nossa alma se une e conseqüentemente, se completa! Só o amor que é capaz de fazer isso. Ele supera o orgulho de pertecer a esta ou aquela igreja. Ele supera o medo, o temor de perder fiéis para o outro. O proselitismo perde para a cooperação.

E assim a gente vai: caminhando, refletindo e lembrando das coisas boas que Deus fez em prol da nossa unidade.

Ah, recordei-me também de um rapaz que foi no congresso missinário da ABU em 2006, com uma blusa de um Grupo de Oração Católico: caminhava com seu alforge pelo congresso a fora. Hoje, é meu grande amigo, o Renato. Caminhamos juntos.