sábado, 24 de fevereiro de 2007

Eu na missa

Cheguei meio de mansinho. Era um evento especial. Centenas e centenas de pessoas de várias regiões de minas para o Seara, um evento organizado pela RCC em Viçosa. E eu lá, no meio deles. Cheguei no lugar da celebração antes da missa. Procurei meus amigos, mas não os achava. Até que um querido irmão me mostrou onde eles estavam. O alívio foi imediato.

Conversa vai, papo vem e chega a hora da missa. Era a segunda vez que eu participava de uma celebração que não fosse entre protestantes. Quando tudo começou achei diferente. Nos momentos músicais, as pessoas levantavam seus braços de forma sincrônica, como um enorme grupo de dança. Bom, eu como um tradicional chato, fiquei só observando, mas gostando! De vez enquando eu olhava para expressões faciais do fiéis. Me impressionava! Em cada frase dita pela celebrante, um sentido verdadeiro que me conduzia à adoração. Na invocação da Trindade, a familiaridade: as diferenças já não eram importantes naquele instante.

Mas o momento marcante foi a no ato penitencial. Foi quando orei a Deus com a sensação de centenas de irmãos concordando comigo, mesmo eles não sabendo quem eu era. Foi quando reconheci a bondade misericordia de Deus, porém, de forma mais forte, uma vez que estava rodeados de irmãos que, se me olhavam, me viam como parte da mesma família da fé. Foi emocionante.

Enfim, um momento especial. Primeiro pela adoração, segundo, por estar em comunhão com amigos e, em terceiro, por experimentar da Graça de Deus num lugar diferente para mim. Como disse o salmista, o pardão encontrou casa e a andorinha ninho para sí. E eu, Senhor, encontrei os teus altares, num lugar onde outrora não imaginava.

Doce diferença!

Daniel, Gustavo (eu mesmo), Renato, Ana Luisa e André

4 comentários:

Renato Luiz disse...

Fiote,
Que benção esse post!
Sua coragem me motiva...
Forte abraço!
Deus nos instrua mais e mais...

Ana Luísa disse...

Me emocionei daqui...
Louvo ao Pai pelo seu coração, viu?
Seu texto me edificou profundamente!

"Que todos os povos, tribos e línguas (cf. Ap 5,9)te louvem, q com uma imensa alegria e num ardor inflamado eles magnifiquem teu nome santo e doce como o mel! E quando tiverem obtido o fervor que desejariam e a união que faz Sua alegria, e deixarem a mesa celeste, maravilhosamente consolados e restaurados, que se dignem lembrar-se dos 'pobres que somos'." (Imitação de Cristo, p. 236)

André Rosa disse...

Ah meu amigo, que bom comungarmos do mesmo amor! É muito bom te ter no nosso meio. Obrigado por ser um conosco, isso transforma e edifica a Igreja do Senhor!

Anônimo disse...

Acolhimento. Essa é a palavra que veio ao meu coração ao ler o seu post. Sinto, pelas suas palavras, um doce acolhimento das diferenças... isso quebra pré-conceitos e nos torna mais humanos.
Penso que pensar em unidade é pensar nesse acolhimento do outro com suas diferenças, é compreender que, mesmo diante delas, somos unidos pelo Deus que está acima de toda e qualquer diferença, "aquele que, pela virtude que opera em nós, pode fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou entendemos" (Ef,3,20).
Um abraço fraterno...